Hoje o mundo celebra o Dia Internacional da Felicidade, uma data que leva a reflexão sobre o que realmente importa quando o assunto é qualidade de vida. Em meio a agendas lotadas e responsabilidades diárias, a felicidade, por muitas vezes, fica em segundo plano. Mas esse cenário parece estar mudando.
O Brasil mesmo subiu cinco posições no ranking anual realizado pela World Happiness Report, que classifica a felicidade global em 143 países. Já a Universidade de Bristol, no Reino Unido, desenvolveu um curso chamado "Ciência da Felicidade" que ensina a ser feliz. A intenção é ensinar aos alunos o que os estudos nas áreas de psicologia e neurociência dizem sobre a felicidade.
Da mesma maneira, nos últimos anos, houve um reconhecimento crescente da importância da felicidade no ambiente de trabalho e dentro das empresas. As organizações estão percebendo que funcionários felizes tendem a ser mais produtivos, criativos, engajados e leais, o que pode levar a melhores resultados financeiros e uma cultura empresarial mais positiva.
Não à toa, Google, Chilli Beans e Reserva, por exemplo, criaram o “departamento da felicidade” com intuito de cuidar do bem-estar de seus funcionários. Para se ter uma ideia de como o tema vem ganhando importância, a remuneração do cargo de Chief Happiness Officer (CHO) – diretor de felicidade, pode chegar a R$ 40 mil, segundo o Instituto Feliciência - um dos principais fornecedores na área de Educação Corporativa no Brasil, com atuação 100% baseada em Ciência: Felicidade, Bem-Estar, Saúde MentaL, Liderança, Sustentabilidade e ESG.
O reconhecimento da felicidade no mundo coorporativo:
O educador corporativo Rodrigo Lang, sócio-fundador da Human SA, instituição que promove programas de desenvolvimento focados em saúde, felicidade e bem-estar, destaca a importância da felicidade no ambiente corporativo.
“A felicidade não é apenas um estado desejável, é um facilitador de competências humanas essenciais como criatividade, colaboração e resolução de problemas” diz. Lang reitera que alguns gestores e líderes podem até negligenciar a importância da felicidade no cotidiano de seus colaboradores, mas é essencial lembrar que a saúde mental dos funcionários é uma responsabilidade legal dos superiores.
“A felicidade e o bem-estar não só geram um ambiente mais produtivo entre os colaboradores, mas também se estende por toda a rede que compreende as organizações, impactando fornecedores e clientes ", explica.
A felicidade nos relacionamentos :
Segundo especialista em psicanálise clínica e desenvolvimento humano, Gisele Hedler, existem algumas lições baseadas em grandes estudos já realizados sobre felicidade humana. O maior deles, conduzido pela Universidade de Harvard e chamado de "Estudo de Desenvolvimento Adulto" concluiu que a felicidade se encontra nos relacionamentos humanos.
Segundo Hedler, as relações tóxicas drenam nossa energia emocional e impactam negativamente a saúde mental. Para a expert, é preciso saber filtrar os relacionamentos, mas também se atente para não se isolar.
“Os relacionamentos saudáveis são um dos maiores preditores de felicidade e saúde a longo prazo e, por outro lado, o isolamento provoca solidão, representando um fator de risco para a saúde, principalmente a mental”, afirma Gisele. E por falar em saúde mental, ignorá-la também compromete a felicidade. É preciso abandonar o ressentimento, pois guardar mágoas pode levar a problemas de saúde mental e física.
O desenvolvimento pessoal e a felicidade:
A riqueza material não está diretamente ligada à felicidade. Por esse motivo, Lang reitera que não devemos trabalhar apenas visando juntar dinheiro e ser rico. “Muito pelo contrário, a alegria diz respeito às experiências e relações interpessoais. Elas são as responsáveis por enriquecerem a vida, promovendo satisfação verdadeira e duradoura”.
Ainda de acordo com o estudo de Harvard, a resiliência é a chave para enfrentar os desafios da vida, contribuindo para a felicidade e saúde a longo prazo. Já as preocupações em excesso, seja com o passado ou com o futuro, pode aumentar os nossos níveis de ansiedade e insatisfação. Viver o presente melhora a qualidade de vida.
Por fim, Gisele chama atenção para a importância da generosidade. “A falta de atos altruístas diminui a sensação de satisfação pessoal. O estudo evidencia que ser generoso aumenta a felicidade tanto de quem recebe quanto de quem pratica o ato, reforçando laços sociais e bem-estar emocional”, afirma Gisele.
Sobre Gisele Hedler:
Moradora de Porto Alegre (RS), Gisele Hedler é empresária, possui formação e psicanálise clínica e é entusiasta em Nutrição Funcional. Especialista em saúde emocional, física e espiritual, Gisele está à frente da Faculdade de Saúde Avançada, que co com mais ntade 30 mil alunos pelo mundo. A instituição se destaca por desenvolver e acompanhar profissionais de saúde com formações em Nutrição Funcional.Siga: @giselehedler
Sobre Rodrigo Lang:
Rodrigo Lang é especialista em educação corporativa, co-fundador da Human SA, um grupo educacional especializado em habilidades humanas, felicidade e bem-estar, com foco corporativo. Com uma trajetória profissional de 10 anos na área de consultoria, Rodrigo desempenhou um papel importante em projetos realizados em empresas nacionais e multinacionais de diversos setores.
Como palestrante, ele compartilha sua expertise em temas como Negociação, Comunicação e Vendas, levando seus conhecimentos não apenas para o ambiente corporativo, mas também para instituições de ensino superior. Além disso, Rodrigo é autor de três obras: "Negotiation Map", "Comunicação de Alto Impacto" e "Área de Bordo". Siga: @rodrigolang @humansaoficial
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