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Faça sol ou faça chuva, cotidiano de vendedora de rua em porta é desafiador

Fonseca passa aproximadamente em cem casas por dia

04/05/2025 às 18h21 Atualizada em 04/05/2025 às 18h21
Por: Penha News Fonte: Penha News
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“Força de vontade é o que define meu trabalho”, disse. Foi assim, num bate-papo amistoso,  que conhecemos a fascinante história de uma mulher, mãe, suburbana e batalhadora, vendedora de Yakult de porta em porta. / Foto: Jordan De Sampa
“Força de vontade é o que define meu trabalho”, disse. Foi assim, num bate-papo amistoso,  que conhecemos a fascinante história de uma mulher, mãe, suburbana e batalhadora, vendedora de Yakult de porta em porta. / Foto: Jordan De Sampa

Sexta-Feira (11). 25°C. 10h. Rua Cupá. “Força de vontade é o que define meu trabalho”, disse. Foi assim, num bate-papo amistoso,  que conhecemos a fascinante história de uma mulher, mãe, suburbana e batalhadora

No início da Rua Cupá, na frente de uma escola particular, dois representantes da empresa carregam o carrinho de trabalho de Sandra Fonseca, 56, que há 11 anos, de segunda a sábado, trabalha como vendedora de porta em porta.

Em 2010, desempregada, ela foi indicada por outra vendedora, começou a trabalhar com isto, e o negócio deu certo. A central da empresa que divide a equipe, a rotina, o horário. E os equipamentos de serviço, cada um toma conta do seu.

 Criado em 1935, no Japão, a Yakult é uma marca que contém dois tipos de leite em sua composição. Pode ser fermentado e desnatado, a diferença é inclusão do lactobacillus casei Shirota, nome do criador deste produto.

Leite fermentado, probióticos, leites de sojas e compostos vitamínicos - que ajudam o homem na recuperação diária -  estão sempre frescos e armazenados em temperatura necessária para que fique sempre com qualidade.

Preços que variam entre R$ 7 a R$ 21, ou mesmo um pacote fechado, que pode chegar a R$ 70,  geralmente são aa escolhas daqueles que preferem estocar os produtos em casa.

Desviar dos buracos nas ruas, andar debaixo do sol, desviar de calçadas perigosas e subir e descer as ladeiras da Penha são situações que a vendedora tira de letra. “Adoro o que eu faço, faz parte. A gente tem que trabalhar para garantir o pão de cada dia. Percebo que as pessoas estão um pouco receosas”, comentou.

E mesmo com os desafios do cotidiano, Fonseca não desanima. “ É pesado levar o carrinho, as vezes tem que ficar debaixo de sol, chuva, lidar com o medo da segurança, porque a gente pode ser assaltada, mas não me deixo abater”, disse.

Desde o início da pandemia ela percebeu uma mudança no mercado. “Cada cliente gosta e consome um tipo de produto, por conta da pandemia têm muito cliente que deixou de comprar ou esta economizando, o que, por exemplo, deixa as vendas no dia de hoje mais sossegada”, ressaltou.

 Num modo sereno de dizer, a mulher ainda explicou que deve trabalhar apenas nos setores indicados pela empresa para respeitar o espaço de outras comerciantes.

A dona de casa Maria Conceição Silva, 70, é uma das clientes satisfeitas. Há sete anos está acostumada a comprar os produtos da vendedora, e tem orgulho disto. “Ela é uma pessoa que vai a luta, que tem garra e vai atrás dos seus objetivos, ela me representa muito como mulher”, disse. 

Sobre o futuro, esperança de dias melhores fazem a vendedora sonhar e projetar dias melhores. “Por fazer muito tempo que estou no bairro, tenho vontade de ter meu negócio, trabalhar com alimentos, bebidas ou sorvetes, as autoridades deveriam dar mais oportunidade para gente do povo e ajudar aos que querem ter um negócio próprio”, disse.

Reportagem: Jordan De Sampa

*Matéria original produzida em 03/12/2021 às 17h24 para o Portal Penha News SP

PenhaNews  #MêsDasMulheres #ReportagensEspeciais

Foto: Jordan De Sampa
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