No mundo dos negócios, é comum que as empresas busquem crédito para expandir as suas operações, adquirir novos equipamentos e tecnologia, acessar novos mercados, enfrentar períodos de crise, entre outras razões. Entretanto, dados mostram que empreendedores enfrentam dificuldades nesse processo.
Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por exemplo, revelou que 60% dos pequenos e médios empresários tiveram pedido de crédito negado em 2020, época na qual o Brasil e o mundo sofriam os efeitos da pandemia de covid-19.
A situação se manteve em um patamar similar em um dado mais atual, referente a julho de 2023. Nesse mês em questão, quando não havia mais pandemia, apenas três de cada dez empresários de pequenos negócios tiveram sucesso na hora de conseguir crédito, segundo o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na visão de Luciano Bravo, mentor de crédito internacional e CEO da empresa Inteligência Comercial, a questão principal não é geográfica ou cultural, mas estrutural. “No Brasil, os juros elevados, considerados os segundos maiores no mundo após a elevação da Selic, e a burocracia são dois fatores que dificultam o acesso ao capital”, analisa Bravo.
De acordo com o especialista, a existência de prazos curtos também é obstáculo para muitos empreendedores que recorrem a instituições financeiras em busca de crédito. “Como consequência, pequenos negócios, que representam 99% das empresas, não conseguem crescer e se desenvolver. O crédito, que deveria ser uma alavanca, se tornou uma barreira para alguns desses empresários”, analisa.
Por conta disso, Bravo defende que o acesso ao crédito no país seja simplificado para que mais negócios possam usufruir dos seus benefícios. Ele explica que há empresas que recorrem a bancos e fundos financeiros localizados no exterior a fim de captar os recursos desejados por meio da internacionalização.
“Trata-se de uma alternativa ao crédito tradicional, conectando empresários brasileiros a investidores estrangeiros, com o objetivo de viabilizar capital para o crescimento e desenvolvimento dos negócios”, afirma.
Bravo explica que a obtenção de crédito no exterior é feita por meio do chamado Aporte de Capital Internacional (ACI), cuja base é a Lei 4131, que isenta os tributos sobre o capital principal, permitindo, assim, que empresários brasileiros consigam captar, já de início, US$ 3 milhões (cerca de R$ 18 milhões, na cotação atual).
A empresa na qual Bravo atua como CEO é especializada em auxiliar empresários interessados nessa possibilidade. “O objetivo é analisar a real capacidade de pagamento do empreendedor, o potencial do mercado e as melhores formas de aplicar o crédito internacional de maneira produtiva”, diz.
Dessa forma, empresários têm acesso a suporte na criação de garantias bancárias, na adequação a normas e na disponibilização de linhas de crédito internacionais. “Além disso, a empresa oferece programas educacionais por meio da ACI Academy, que incluem treinamentos, workshops, palestras, mentorias e conteúdos online”, acrescenta.
Para saber mais, basta acessar: https://inteligenciacomercial.com/
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