Dia Internacional da Democracia. Instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), hoje (15) é comemorada a data em que a democratização, o desenvolvimento sustentável, o respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais são lembrados como forma de trazer a reflexão para a sociedade. Anualmente, a data é celebrada por 128 países, que se comprometeram com o avanço da democracia e assinaram esta Declaração.
Democracia é um valor fundamental que - baseado na vontade popular – delega ao povo o direito de determinar o sistema político, econômico, social e cultural. O termo foi instituído em 2007, na Assembleia Geral da ONU, porém 10 anos antes, em 16 de Setembro de 1997, a declaração aprovada pela UIP (União Interparlamentar) ajudou a população mundial a entender a definição do termo.
Conduta democrática de governos e sociedade são os aspecto principais que ajudam no entendimento de conceitos indispensáveis para o progresso do ser humano. No Brasil, a Constituição Federal de 1988, a Cidadã – reúne um conjunto de leis que ajudam a balizar o funcionamento do país.
Lemos nela que “um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista, sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida (...)”.
Rua Guaiaúna, o caranguejo negro em tupi guarani, nº 357. Quarta-Feira (15). 16h. 18ºC.
No ponto de ônibus sentido bairro, a operadora de call center Rayna Tenório, 25 define democracia como igualdade e respeitos aos direitos humanos fundamentais. “Penso que democracia é acima de tudo a igualdade de direitos, e que acima de tudo coloca a sociedade no mesmo campo de visão para que tenha um país mais justo e igual”, disse.
Tenório acredita que no Brasil está difícil de ter uma democracia plena por causa da política atual. “Estamos muito longe de termos uma democracia plena, primeiro pelos políticos que temos, que nega até mesmo a ciência, e depois as pessoas precisam pensar mais no coletivo do que pensar somente em si”, ressaltou.
Em outro parte do bairro, no Terminal Intermunicipal do Metrô Penha, a primeira aguardando na fila do ônibus 249TRO – Guarulhos / Jardim Paulista, a psicóloga Samira Ferreira, 38, que mora no centro do município vizinho, acredita que democracia tem a ver com direito de igualdade, respeito e mesmo com a opinião do próximo.
“Dependendo do ponto de vista a democracia no Brasil é boa, o que percebo é que às vezes a própria mídia acaba atacando este termo até mesmo com golpes. Digo isto por causa das manifestações do dia 7 de setembro, tinha mais pessoas na Avenida Paulista, com certeza, e a mídia diminuiu o número de manifestantes para enfraquecer o movimento”, comentou.
Numa visão pessoal, ela acredita que a mídia tem distorcido os fatos por motivos próprios. “Há uma briga política no Brasil e com isto alguns fatos acabam sendo distorcidos. A mídia tem que passar a verdade e pelo fato de muitas pessoas não ter entendimento da definição de esquerda e direita muitas coisas acabam não sendo compreendidas e são distorcidas”, disse.
Trabalhando como apoiador de trânsito desde o ínicio das obras de expansão do terminal, Fernando Silva, 50, observa que o termo democracia no Brasil é algo que só existe na teoria.
“A democracia brasileira é um mito, porque aqui até para se votar a gente é obrigado e deveria ser visto como, se não, o melhor momento para o livre exercício deste termo. Deveria ser feito o que o povo acha melhor e não imposto”, opinou.
Geraldo Silva, 48, morador de Guaianazes e proprietário de uma banca de frutas no bairro (clique aqui e leia a reportagem exclusiva que já fizemos na barraca), ele acredita que no Brasil existe democracia.
“O Brasil é um país democrático, mas acredito que a maior desigualdade está no papel, nos aspectos da política. A honestidade e o respeito à Constituição para mim são aspectos que demonstram esta vontade popular, os direitos e os deveres do povo. A situação piorou por causa da pandemia, mas não é por causa disto que falta democracia”, pontuou.
Foto: Daniel Lemos
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